28/04/2011

"It's a kind of magic..."

   Como a musica é misteriosa, a nota magnífica, o acorde mágico...
   Então, hoje galera, abaixo desse sol caloroso e dessas nuvens acolhedouras, trago um pouco de história a vocês, sobre as escalas pentatônicas em especial uma um tanto quanto diferente entendida pelo nosso cérebro, para não quebrar a surpresa leiam por si só e vejam os vídeos e escutem a mágica que essa "escala" faz!  

   "Denominam-se escalas pentatônicas, em música, ao conjunto de todas as escalas formadas por cinco notas ou tons. As mais usadas são as pentatônicas menores e as maiores, que podem ser ouvidas em estilos musicais como o blues, o rock e a música popular. Muitos músicos denominam-na simplesmente de penta.
   Afirma-se que surgiu na China, por algum músico que reuniu as divisões melódicas propostas por Pitágoras, que descobriu que, se uma corda gerava uma nota "x" e fosse dividida ao meio, geraria a mesma nota porém uma oitava acima, ou dividida em 3 gerando outro intervalo harmônico e assim sucessivamente. Foi o início da harmonia na música.
   A escala pentatônica organizada com as divisões em três propostas por Pitágoras, era gerada em seis intervalos distintos: si, dó, ré, mi, sol, lá. A proximidade da nota si para a nota dó era muita e, quando tocadas juntas, geravam uma "dissonância". Por essa razão foi retirada a nota si desta escala, sendo formada a escala de 5 tons."(Fonte Wikipédia)

   Já no inicio, não tirando crédito dos nossos amigos da  "Saindo da Matrix",  entrego-lhes o post abaixo sobre a mágica:

A MÚSICA DO ESPÍRITO

ter, 12 de abril, 2011
   Existem dezenas de escalas musicais, mas uma que me chamou a atenção foi a escala pentatônica. Ela é formada pela junção de 5 notas, existindo várias escalas dentro dessa escala (que chamarei de "versões"), sendo as mais usadas Dó, Ré, Mi, Sol e La (chamada de "Pentatônica maior") e Dó, Mib, Fa, Sol e Sib ("Pentatônica menor"). A versão "pentatônica maior" não possui notas dissonantes (semitons), e por isso pode ser facilmente cantada.
   Acredita-se que a origem da escala pentatônica seja chinesa ou mongólica; ela se tornou a base das músicas japonesa e oriental como um todo, mas também pode ser encontrada na raiz da música africana, celta, escocesa e até dos Incas e Índios norte-americanos. Por produzir um som que evoca uma maior introspecção essa é a escala preferida dos músicos de blues e jazz (na versão "menor"). Também é usada em cânticos budistas e na música Gospel (na versão "maior"), e por tudo isso não é exagero dizer que é uma "escala espiritual". As teclas pretas do piano são um bom exemplo do que é a escala pentatônica para o leigo (pois engloba as versões maior, menor, a pentatônica blues e a pentatônica egípcia), pois essas notas tocam o coração e o espírito de tal forma que é possível reproduzir todas as músicas Gospel norte-americana (denominada Spirituals) apenas com elas, como se vê no vídeo abaixo:





Além disso, também dá pra tocar "Segura na Mão de Deus" e outros clássicos:




   A última melodia que consegui tirar nas teclinhas pretas do Iphone foi 12 O' clock, minha preferida do compositor grego Vangelis, e uma das mais belas músicas que já ouvi na vida. A música de Vangelis traz em si o lamento de civilizações desaparecidas, canções que parecem nos evocar memórias de um passado muito distante, que permanecem em nossa mente como um eco de um tempo mais simples. Suas melodias podem ser cantadas em murmúrios, quase sempre de vozes femininas, e nos passam uma sensação de melancolia que perdura na alma muito depois de você a ter escutado. Sabendo da escala pentatônica e seus efeitos, resolvi pegar as músicas de Vangelis que mais me emocionavam e pude constatar que elas têm em seu tema principal exatamente essa escala de notas:


12 O'clock (do álbum Heaven and Hell) (Eu extendi a música, pois achava-a muito curta pra meditar) Rachel's Song (do filme Blade Runner)
Movement 9
(Do álbum Mythodea)
Monastery of La Rábida
(Do filme 1492: Conquest of Paradise)
   Fui além, e peguei uma trilha de um jogo de videogame que me emociona desde os anos 80, que me causa uma sensação de enlevação, como se estivesse contemplando música de esferas superiores: Strider.
   Reproduzi alguns temas de Strider no piano e vi que SIM, os melhores eram escalas pentatônicas. Então da próxima vez que você se emocionar com uma música, saiba que pode estar diante de uma pequena "manipulação emocional" por parte do compositor, que utilizou pra isso a misteriosa escala pentatônica que, de alguma forma, parece estar "instalada por default" na nossa mente como a escala sonora original de fábrica. Por que? Os neurocientistas não explicam, mas o Bobby McFerrin demonstra:

Ahh... show, não? Eu sei.

Como diria nossos "mágicos" da épica banda Queen, 
"It's a kind of magic.. (isso é um tipo de magia)".
"This rage that lasts a thousand years... (uma fúria que dura milhares de anos)"

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